A Síndrome do Ipiranga

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A Síndrome do Ipiranga

Por que Angola não ficou um Novo Brasil?

de: Luiz Chinguar

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Sinopse


Brasil e Angola, ambos situados na zona tropical sul, “em frente um do outro”, estiveram ligados à mesma matriz colonizadora, até à data da independência do Brasil, em 1822. Depois desta data, Angola continuou com ligações ao Brasil, até ao fim do tráfico esclavagista. Colónias de Portugal, uma desenvolveu-se e tornou-se uma nação, enquanto a outra se atrofiou e só se independentizou no início do último quartel do século XX.

Por que se registaram caminhos tão diferentes? Por que Angola não ficou à imagem e semelhança do Brasil, atendendo a que houve sempre uma empatia entre as duas ex-colónias? Por que até mesmo as áreas com igual latitude, como o caso da bacia do rio São Francisco, Nordeste do Brasil e Angola, tiveram destinos diferentes?

Tornou-se fácil apontar como causa principal, para uns, a descolonização precipitada e, para outros, a teimosia de Salazar, continuada por Marcelo Caetano. Qualquer facto histórico provém de uma cadeia de acontecimentos, de atitudes e de outros factores, onde a geografia também conta. Ninguém, por si só, pode interferir no futuro de uma nação.

Portugal não se interessou na colonização de Angola, porque o Brasil absorvia todas as suas energias. Angola era apenas um “manancial” de escravos, até 1840. A colonização europeia de Angola só começou em 1920, quando o problema dos transportes foi resolvido com o aparecimento do automóvel. O cavalo e o burro nunca se adaptaram em Angola, morrendo sistematicamente.

Em 1910, a colónia em África começou finalmente a dar lucro, devido à introdução das ferrovias e, logo de seguida, o automóvel. Em Luanda, maioritariamente habitada por africanos e afro-europeus, começaram a surgir focos de autonomia: o Governo Central começou a descortinar laivos independentistas e arranjou processos de retardamento, ou seja, nunca permitiu qualquer decisão para Angola. E foi assim até à independência.

Os escassos 50 anos de colonização foram preenchidos com total autoridade metropolitana, consubstanciada em falta de cidadania para os Africanos, na total submissão da economia da colónia e na atroz lacuna do ensino. Angola só teria uma universidade em 1963. Todavia, nenhum Africano chegou a oficial general. A partir de 1961, sob forte pressão de movimentos pró-independentes, Angola experimentou um surto de progresso que não foi suficiente para travar o comboio da independência, que tinha iniciado a sua marcha em 15 de Agosto de 1947, quando a Índia se tornou independente.


 

Informação adicional do produto

ISBN 9789899844834
Data de publicação 31/10/2013
Idioma Português
Formato (fechado) A5 (148 x 210 mm)
Tipo de encadernação Capa mole (brochado) com badanas
N.º de páginas 706
Grafismo da capa Patrícia Andrade
Paginação gráfica Nuno Remígio

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