Fernando Santos e Silva

Fernando Santos e Silva

 

Fernando de Carvalho Santos e Silva, nascido em março de 1945, mesmo ao lado da fábrica de cimento da Maceira, perto de Leiria, onde os pais trabalharam, constitui mistura dos genes de dois avôs e das suas duas doces mulheres. Um deles de notável aptidão financeira, que não transmitiu ao neto, que permitiu a frequência universitária à sua descendência, e que casou com uma senhora de cabelos encaracolados e frisados dos campos de Coimbra. O outro de mãos prodigiosas, que não transmitiu ao neto, latoeiro habilidoso mas de falências sucessivas, republicano convicto que casou com uma senhora descendente de imigrantes napolitanos e que cumpriu as diretivas republicanas de dar instrução a todas as filhas.

E assim o biografado andou no liceu Camões com alguns colegas ilustres, daí rumou para o Instituto Superior Técnico, donde saiu como engenheiro eletrotécnico, especialidade de correntes fortes e, logo a seguir a um pequeno estágio no laboratório de alta tensão da KEMA na Holanda, para seis meses como professor na escola de eletrónica Fonseca Benevides e três anos de serviço militar na Escola Prática de Transmissões.

Depois foi admitido no metropolitano de Lisboa, que projetava a sua expansão e onde ficou nos 37 anos da sua vida profissional, nas telecomunicações, na sinalização ferroviária, e finalmente na coordenação das colocações em serviço dos novos troços e nas eficiências das energias.

Reformado desde janeiro de 2011, escreve às vezes, sem conseguir por norma evitar os temas da sua vida profissional, das experiências de quem conheceu, ou do que influencia a vida das comunidades. Tem dois filhos, sete netos, e uma esposa que não se importa de jantar tarde quando se atrasa na escrita.

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