Natural da Beira Alta, onde frequentou a escola primária e o Liceu Nacional da Guarda até ao 4.º ano, Jorge Tavares Lopes veio a concluir o ensino liceal no Liceu Normal D. João Terceiro, em Coimbra. No exame final, de âmbito nacional, do ano lectivo de 1957 obteve a classificação de dezasseis valores nas disciplinas de Filosofia e História e dezoito a Português (Literatura).
Em 1958, integrou a Comissão de Propaganda de Coimbra da campanha para as presidenciais do General Humberto Delgado o que lhe valeu a notória discriminação política que o ensombrou ao longo do curso de direito que concluiu em 1963, após a sua intervenção pública na crise académica de 1962.
Seguiu-se o cumprimento do serviço militar obrigatório, tendo sido mobilizado para o Niassa, Moçambique, onde permaneceu durante praticamente um ano, como oficial miliciano do Batalhão de caçadores Ev n.º 7, sediado em zona operacional do Norte – Niassa.
Sendo já Licenciado em direito, com praticamente um ano de estágio de advocacia, foi destacado para a Chefia de Justiça do Quartel General de Lourenço Marques, tendo recebido um Louvor pelo seu desempenho como jurista. Com autorização superior exerceu as funções de Sub-Delegado do Ministério Público no Tribunal Judicial de Lourenço Marques.
Concluído o serviço militar, abriu escritório de advocacia em Coimbra no fim do ano de 1977, tendo mantido relações cordiais e de estima com militares seus superiores hierárquicos no decurso da sua mobilização para a Guerra do Ultramar.
Autor de diversas monografias e comunicações jurídicas, manteve uma intensa atividade de consultor jurídico de conhecidas instituições e na área dos Tribunais Arbitrais. Atualmente é Árbitro do Centro Nacional de Arbitragem da Construção, com sede na cidade do Porto.