Jorge Viegas nasceu em Quelimane no dia 6 de Novembro de 1947. A sua poesia, de acordo com Pires Laranjeira, “oscila entre o desânimo pela iniquidade da vida e a crença epifânica da palavra poética, constrói-se como longa convivência entre a harmonizado sonho e a (des)razão do sentido entre a exaltação sensual e sensitiva e o desfalecimento perante a opressão (anímica, social, política) e a morte”.
Na obra O Livro Negro do Comunismo é mencionado como um poeta que fazendo da escrita um “espaço insurrecional” pagou a sua dissidência com o internamento em hospital psiquiátrico e, posteriormente, com o exílio em Portugal onde vive desde 1983.
Escritor de poesia contida que concilia o recorte clássico luso com temas e imagens de África, em particular de Moçambique, retratadas no livro Novelo de Chamas (1989). Antes desta publicação editou as obras Os Milagres (1966) e O Núcleo Tenaz (1982) onde homenageia mulheres e amigos escritores (Nogar, Knopfli, Lisboa; Craveirinha, etc.).
Está representado em Cadernos Caliban n.º 1, n.º 3/4, nos anos de 1971 e 1972. No Reino Caliban em 1985. Participou, em 2004, na Antologia de Poesia Moçambicana Nunca mais é Sábado e em Poets of Mozambique, em 2006.
Em 2014, publica o livro DA poesia? Ou de como se justifica um ponto de interrogação e em 2017, Apontamentos Literários decerto Desnecessários.
É Membro Honorário e Presidente da Assembleia Geral do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora (CEMD).