Mário Pão-Mole

Mário Pão-Mole

 

Mário Mendes Pão-Mole, nasceu no dia 20 de Julho de 1941, na freguesia de Safara, concelho de Moura. Foi abandonado pelo pai, quando tinha 18 meses. Viveu num monte alentejano dos 4 aos 9 anos, onde experimentou a maior liberdade que teve em toda a sua vida, não esquecendo esse período, ao qual dedica um poema, depois de crescido, dando-lhe o título No Alentejo o meu Monte.

Saiu desse monte por sua mãe ter falecido no dia que fez 9 anos. Mário Pão-Mole cresceu na miséria e na pobreza até fugir do Alentejo, quando tinha apenas 16 anos, na altura em que morreu a sua avó materna, com a qual vivia.

Foi aos 16 que ficou a ser adulto, no tempo de Salazar e foi quando fugiu do Alentejo. Trabalhou muito até ir para a tropa, onde fez a guerra de África, e foi recrutado para duas comissões. Dois anos em Angola, sempre nos piores locais por ser tropa especial, desde 1963 a 1965 e depois em Moçambique, de 1965 a 1967. Os melhores anos da sua mocidade.

Assim, pensou em casar e constituir família e, não sendo a tropa o seu ideal para criar e educar os filhos, pediu a demissão da marinha e casou. Criou dois filhos como era seu pensamento, com a sua educação e a sua presença e que hoje são o seu maior orgulho. Tem três netas e um neto e não hesitava um segundo em dar a sua vida para salvar qualquer um deles. Assim, deixou de ser lobo solitário para ser um homem amado, por filhos, netos e noras. Vive feliz.

Visualização normal