João Moura

 

João Moura, que é economista mas “virado social”, segundo uma expressão que lhe foi aplicada no Brasil, no decurso de uma missão, em 1978, como perito da OIT (Organização Internacional do Trabalho), iniciou a sua actividade profissional no sector privado, em empresas de pequena e média dimensão, ainda quando estava na Universidade (1947), passando em seguida a exercer funções técnicas no sector público (1955), onde acabou por se fixar após uma nova e curta experiência numa empresa de grande dimensão. Ainda recebeu outros convites para trabalhar no sector privado, mas não os aceitou por, entretanto, ter concluído que, pelo menos no seu caso, era no sector público que conseguia sentir um forte sentimento de estar a trabalhar mais directamente para o interesse geral.

Foi director do Fundo de Desenvolvimento da Mão de Obra (1964/71) e director-geral do Departamento de Estudos e Planeamento do Ministério do Trabalho até à reforma (1971/97). Presidiu ainda ao Observatório tripartido do Emprego e Formação Profissional (1993/99). Estas foram as funções que aceitou, de todas aquelas para que foi sendo convidado no sector público e entre as quais figuram diversos convites para o Governo, dos quais apenas aceitou um, como independente e por pensar que havia condições para realizar um trabalho positivo, mas que não teve sequência pelo facto de o Partido que o convidara ter perdido as respectivas eleições; sendo assim o último convite aquele para exercer o cargo de Ministro do Trabalho e Coordenador das áreas sociais, que não aceitou por entender que, na altura, não iria ter condições para uma actuação útil em termos de bem comum.

Foi professor universitário convidado de «Economia do Trabalho» (1981/89) e de «Planeamento Económico e Social» (1985/89), encontrando-se publicadas as respectivas lições (o mesmo acontecendo com outros textos do Autor). Esta actuação docente foi suspensa, entre outros motivos, por razões de saúde.

Em ligação com a sua actividade no sector público, desenvolveu uma acção intensa a nível internacional durante mais de trinta anos (1968/99), em especial no âmbito da OCDE, do Conselho da Europa e da OIT.

A par da actividade profissional, foi exercendo inúmeras acções na Igreja, quer a nível paroquial, quer a níveis diocesano e nacional.  Foram muitas as palestras, conferências, etc., que foi realizando no País, em particular relacionadas com a doutrina social da Igreja.  Noutra linha, participou em diversas iniciativas em especial a nível diocesano, podendo destacar-se: em 1962/63, a participação na preparação e realização do II Encontro Nacional dos Diplomados Católicos subordinado ao tema «Perspectivas cristãs do Desenvolvimento Económico»; em 1973/74, a orientação de um Grupo de Trabalho, no âmbito do Patriarcado de Lisboa, que preparou  um Encontro de Reflexão, a realizar em Abril de 1974, sobre «Desigualdades no Caso Português/Metrópole», que não se efectivou devido à Revolução de Abril do mesmo ano e no qual iriam participar muitas das personalidades que assumiram posições relevantes após a Revolução. Entre 1986/96, presidiu à Comissão Diocesana Vocação e Missão dos Leigos, do Patriarcado de Lisboa, que realizou várias actividades, quer sobre aspectos da doutrina social como de outra natureza.


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Testemunho de um Economista Social Comprometido na Humanização do Mundo

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