Pedro de Abreu Peixoto nasceu em Lisboa em 1963, no tradicional bairro de Alfama, sendo desde muito cedo marcado pelos cantares do fado. A sua poesia ressente-se dos cantadores que enchiam o seu imaginário de histórias de amores impossíveis e alegrias improváveis. Começa desde os catorze anos a ler a poesia de Alexandre O’Neill, familiar que o marca profundamente pelo seu apego à frontalidade e à verdade, como é forte a marca de Sophia de Mello Breyner Andersen, pela doçura com que encara o pragmatismo da vida quotidiana. É igualmente desde cedo marcado pela sonoridade de Pedro Tamen e pelo temperamento de Eugénio de Andrade e Miguel Torga, com quem se identifica de forma particular na escrita curta dos poemas e na forma de olhar o mundo e os homens. Nos novos nomes da literatura procura a modernidade de uma escrita poética, que permita vincar a sua própria linguagem.