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por: Belino Costa
por: Carlos Braga
No início do século passado houve um grupo de homens que ousou defender os ideais republicanos e lutar pela construção uma sociedade civilista e laicizada, acreditando que o ensino e o positivismo científico seriam o fermento de um homem novo.
Em Bustos, e no concelho de Oliveira do Bairro, eles não eram a chamada arraia-miúda, pobre e analfabeta, mas sim distintos médicos, proprietários, e comerciantes. Idealistas que chegaram a investir as suas poupanças na causa republicana e arriscaram a vida na defesa do novo regime.
Uns, como o Dr. Manuel dos Santos Pato, teceram argumentos e polémicas nos jornais, outros, como Jacinto Simões dos Louros, organizaram grupos, lideraram a luta pela criação da freguesia. Um deles, Augusto Simões da Costa, patrocinou o lançamento de jornais como o Alma Popular e o Farol da Liberdade, e outro, Manuel Simões Mota, arriscou a vida nas trincheiras da Primeira Grande Guerra.
Quem por lá perdeu a vida foi Álvaro Canão, da Barreira, enquanto Joaquim Simões da Costa e João Carrington da Costa, pai e filho, foram feitos prisioneiros pelos alemães no decorrer da célebre batalha de La Lys. Houve também quem, por amor à liberdade e à República, fosse torturado e preso, como aconteceu a Manuel Reis Pedreiras que abandonou os calabouços da polícia política para vir morrer a casa.
Vivíamos no tempo em que Salazar impunha o discurso de diabolização da Primeira República e dos republicanos. Quarenta e oito anos de ditadura fizeram crescer o esquecimento. Este livro só pretende avivar a memória, resgatar uma geração do esquecimento. (Belino Costa)
ISBN | 9789892020693 |
Data de publicação | 31/07/2010 |
Idioma | Português |
Formato (fechado) | A4 (210 x 297 mm) |
Tipo de encadernação | Capa mole (brochado) |
N.º de páginas | 94 |
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