Manuel Marques Gonçalves nasceu na Orca, Fundão, em 1930. Foi pároco e professor em Belmonte, de 1954 a 1975. Recusou definitivamente os sacramentos católicos aos judeus que, em Belmonte, ainda se sentiam obrigados desde a Inquisição ‘e só para tapar as bocas ao mundo’. Aqui, fundou o ensino liceal e secundário e apoiou o ensino oficial gratuito. Foi responsável pela primeira fábrica de confeção industrial em Belmonte que tentou que fosse cooperativa.
Escreveu: Subsídios para uma Monografia de Belmonte, esta, com Joaquim Cardoso Tavares; Belmonte - Terras de Cabral; Concelho de Belmonte – Memória e História; as obras dramáticas: Outorga da Liberdade, Cabral Capitão da Esperança, O Grande Enigma de Cabral, e Mulher na Gestação do Mundo; e, em poesia, O granito e a Forma – Poesia Paralela, - edições da Câmara Municipal de Belmonte.
Na defesa dos cripto-judeus de Belmonte, colaborou com a Universidade de Meios Audiovisuais Belga em Ciclo de Viagens na Memória, com Musée de la Diaspora e Yosef Haym Yerushalmi, com o trabalho Um Matriarcado salva uma civilização de Patriarcas, edições La Différence, Paris, 1992. Participou com o tema Judeus de Belmonte para Programa de Culturas Diferenciadas, Rádio Dusdwestfunk, Berlim, 1997.
Na Covilhã, foi professor na Escola Pêro da Covilhã. Escreveu poemas com Ganga e, em Notícias da Covilhã, com Serra Vivente. Colaborou com Maria Rafael Felizol em Poetas Fazem Cidade, poemas de alunos de ambos.
Em 2014, publicou o romance Sobras de Deus - (Numa Orca, tanto de Deus, tantos diabos) e, em 2016, Esterinha, Judia Linda (Chiado Editora).
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