Maria do Céu Barradas

 

Maria do Céu Barradas nasceu em Elvas, em 1956. Filha e neta de agrónomos e bisneta de proprietários de terras, viveu uma infância decisivamente marcada pela ruralidade e por todos os problemas e vicissitudes que daí decorrem. A mais velha de quatro irmãs, frequentou durante dez anos um colégio feminino, o que marcará a sua preferência para delinear os ambientes e as escolhas das mulheres. Durante os dois anos em que estudou em Évora, no Liceu, tomou consciência do significado de ser alentejano, afirmando que «Em Évora, apaixonou-se pelo Alentejo». Veio para Lisboa estudar Direito em 1973 e desde então vive nesta cidade. É casada e tem duas filhas.

Fez a campanha eleitoral da Aliança Democrática de Sá Carneiro em 1980, percorrendo o interior do Distrito de Portalegre, numa época em que as ocupações ilegais de terras eram ainda uma realidade e os ânimos estavam ao rubro. Chegou a ser deputada por essa circunscrição. Todos estes acontecimentos marcantes viriam a encontrar expressão no livro Silêncio na Planície publicado em 1994. Deu aulas na Faculdade de Direito de Lisboa e exerceu advocacia. Foi directora do Centro de Estudos Europeus do Instituto Amaro da Costa (1986 e 1987), retirando-se nessa altura de toda a actividade política.

Trabalhou, durante vários anos, no Gabinete de Direito Europeu do Ministério da Justiça, o que envolveu constantes deslocações a Bruxelas para negociar os dossiês deste ministério. Esta vivência de contactos profissionais com colegas de outras nacionalidades, bem como o ambiente de trabalho na Comissão e no Conselho da União Europeia, contribuíram para dar forma ao ambiente de Encontros em Bruxelas, publicado pela Editorial Presença em 2000.

Os três anos em que trabalhou no Serviço do Protocolo de Estado (Ministério dos Negócios Estrangeiros) inspiraram a personagem Leonor (Silêncio na Planície), uma diplomata de carreira, para quem as terras que herdará são um peso que não tenciona carregar. Também a personagem Sofia Henriques (Caminhos Trilhados publicado pela Difusão Cultural em 1997) surgiria nesta altura de uma certa euforia nos anos noventa, em que a convivência com os círculos do poder permitiu observar o clima de ambições crepitantes. Aliás, esta personagem chegará ao governo no decurso de um caminho trilhado sob o fascínio do sucesso a qualquer custo. Publicou vários artigos jurídicos e fez um estágio de dois meses na Comissão da UE (1987), uma pós-graduação em Direito Europeu (1989,1990), curso de Mediação de Conflitos na Associação de Mediadores (2005).

Silêncio na Planície tem prefácio de António Alçada Baptista e Caminhos Trilhados e Encontros em Bruxelas foram também apresentados por este escritor. Nesta altura, está a escrever uma trilogia que narra a história privada de uma família desde 1970 até 2008 e as implicações que os acontecimentos políticos acarretaram aos diversos membros da família e amigos. Tal como nos livros editados, o Alentejo volta a surgir como a grande fonte de inspiração.

Maria do Céu Barradas

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